Metais pesados, hormônios e agrotóxicos estão na água que chega às torneiras
Análises apontam contaminação em amostras de fontes de abastecimento de SP, RJ, SC e CE, inclusive de água que passou por estação de tratamento. E as concentrações vão muito além do limite permitido.
São Paulo – Medicamentos, hormônios sintéticos, metais pesados como chumbo, cádmio, alumínio e urânio e compostos orgânicos nocivos à saúde e ao meio ambiente, entre eles o agrotóxico glifosato, estão na água aparentemente pura e cristalina que chega às torneiras da população. Provenientes do esgotos doméstico e industrial, além de atividades agropecuárias, despejados em mananciais destinados ao consumo humano, atravessam estações de tratamento que adotam processos inócuos e obsoletos, que seguem protocolos defasados e parâmetros científicos superados.
A advertência é da engenheira química e professora titular do campus Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Sonia Corina Hess. Autora de pareceres técnicos para órgãos públicos, como defensorias e promotorias, a especialista é organizadora de um livro em fase de edição na Editora Expressão Popular, que reúne ensaios sobre poluição e doenças no Brasil.

Se caracteriza como metal pesado aqueles que geram efeitos negativos para a saúde e para o meio ambiente em menores concentrações.
Isso ocorre porque eles são muito reativos, isto é, interagem facilmente com outras substâncias químicas para formar reações. Assim, agridem rapidamente as moléculas orgânicas do nosso organismo e comprometem permanentemente a sua função. Para piorar, como não são passíveis de metabolização, tornam-se um veneno silencioso e duradouro. Assim, eles acabam danificando a saúde do indivíduo lentamente ao longo dos anos sem que ele sequer sinta os seus efeitos.
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