HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS

HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS
ROSMEIRE PAIXÃO é Homeopata Clássica Terapeuta CONAHOM 1274 email: rosmeire.homeopatias@gmail.com

domingo, 17 de janeiro de 2021

Homeopatia nas Epidemias

Homeopatia em Jundiaí - Homeopata clássica Terapeuta Rosmeire Paixão

A homeopatia poderia contribuir na profilaxia e tratamento da Influenza (gripe)? 

 Autor: Prof. Dr. Lucas Franco Pacheco, Médico com título de especialista em Homeopatia pela AMHB-AMB.

site: www.doutorlucashomeopatia.com.br

Visando facilitar o acesso às informações dentro da Homeopatia Clássica e às pesquisas científicas existentes, além de filtrar o exagerado número de informações com pouca sustentação científica encontradas na internet, resolvi escrever este artigo.

Porém, a Associação Médica Homeopática Brasileira é contrária a auto-medicação sem acompanhamento médico, por este motivo, neste artigo vou demonstrar toda a abordagem homeopática e sua eficácia mas sem orientar na conduta, que deve ser feita sob acompanhamento do seu médico Homeopata.

Influenza

Influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas.

Existem 3 tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Dentre os subtipos de vírus influenza A, os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).

A Influenza A – H1N1

Na Influenza A – H1N1, como em qualquer outra gripe, predominam sintomas respiratórios tais como
congestão nasal, coriza, tosse e febre, acompanhados pelos sintomas habituais de sensação de frio, dor de cabeça, dores musculares e articulares, dor de garganta, perda de apetite, fraqueza, e, às vezes, desconforto
gastrointestinal. Ligeiro quadro respiratório, sem febre também tem sido relatado.

Homeopatia nas Epidemias

Na classificação hahnemanniana, a Gripe caracteriza-se como uma doença “dinâmica, aguda e coletiva que ocorre nos indivíduos de uma população que se encontram suscetíveis e com predisposição mórbida”. Esse conceito conduz a uma abordagem terapêutica baseada na escolha de um medicamento que mais se assemelha à doença, ou seja, o chamado “gênio epidêmico da gripe”.

Dr. Samuel Hahnemann em 1799 utilizou Homeopatia no controle de uma epidemia de escarlatina, posteriormente tratou uma epidemia de Tifo tendo conseguido aproximadamente 99% de sucesso nos resultados

Dr. Samuel Hahnemann em 1799 utilizou Homeopatia no controle de uma epidemia de escarlatina, posteriormente tratou uma epidemia de Tifo tendo conseguido aproximadamente 99% de sucesso nos resultados

Na metodologia proposta por Kent, sugere-se a observação de pelo menos 20 pessoas com uma determinada doença, registrando-se todos os sintomas individuais e os relacionando, buscando-se assim a “totalidade sintomática”, ou seja, todas as manifestações sintomáticas individuais representariam o que é comum a todos os pacientes, permitindo-se eleger 7 ou 8 medicamentos que melhor abrangem a “totalidade sintomática”. Tais medicamentos formariam um “grupo de remédios epidêmicos”, que poderiam tratar a maioria dos casos de determinada doença.

Hahnemann, em seu clássico “Organon da Arte de Curar” (§241), descreve que “as epidemias de febre intermitente sob condições em que nenhuma é endêmica, são da natureza das doenças crônicas, compostas de uma única crise aguda; cada epidemia é de caráter peculiar, uniforme, comum a todos os indivíduos atacados, e quando este caráter se encontra na totalidade dos sintomas comuns a todos, leva-nos à descoberta do remédio homeopático adequado para todos os casos, que é quase universalmente utilizável nos pacientes de saúde mediana antes da epidemia […]”.

Dr. Samuel Hahnemann, em 1799 utilizou a belladonna no controle de uma epidemia de escarlatina, posteriormente tratou uma epidemia de Tifo tendo conseguido aproximadamente 99% de sucesso nos resultados. A Homeopatia foi utilizada também nas seguintes epidemias:

  • Epidemia de cólera na Europa (1821-1834);
  • Epidemia de gripe espanhola (1918): Dos 24.000 casos de gripe tratados com remédios alopáticos apresentaram uma taxa de mortalidade de 28,2%, enquanto que nos 26.000 casos de gripe tratados pela Homeopatia, a taxa de mortalidade foi de 1,05%. O remédio mais comumente utilizado foi Gelsemium, seguido de Bryonia e Eupatorium.  Em Connecticut houveram 6.602 casos tratados com homeopatia, com 55 mortes, ou seja, inferior a 1%. Dr. Roberts, trabalhando como médico em um navio de tropas militares, durante a Primeira Guerra Mundial, tratou 81 casos de gripe no caminho para a Europa e relatou: “Todos se recuperaram e desembarcaram. Todos receberam tratamento homeopático. Outro navio perdeu 31 soldados no caminho”.
  • Epidemia de Tifo, Bahia, Brasil (1925-1926);
  • Profilaxia da meningite meningocócica, Guaratinguetá, SP (1974): 18.640 doses, a incidência da doença na cidade ficou entre as menores do Estado de SP, com repercussão internacional.
  • Homeopathy,99:156-166, 2010: Em Cuba verificou-se que a intervenção homeopática permitiu uma diminuição significativa nas taxas de Leptospirose: Potencial hemoprofilático no controle de epidemias.
  • O estudo clínico duplo-cego aleatorizado e controlado por placebo foi conduzido em Honduras. Os 60 pacientes selecionados no estudo, todos com sinais e sintomas de dengue e idade acima de 12 anos, foram alocados de forma aleatória em 2 grupos, um de indivíduos tratados com o composto homeopático (n=29) e outro de indivíduos que receberam um placebo (n=31). No grupo que recebeu o medicamento, o tempo médio de duração de sintomas foi de 2,57 dias para febre e 3,46 dias para a dor (evidência de diminuição do tempo médio de duração dos sintomas).
  • O estudo de Saeed-ul-Hassan et al.32 foi conduzido no Paquistão, incluindo 50 voluntários com sintomas de dengue divididos em 2 grupos. O primeiro grupo recebeu um tratamento homeopático. O segundo grupo recebeu o tratamento de rotina. Os voluntários foram acompanhados por 6 dias, sendo obtidos diariamente valores de contagens de plaquetas, células brancas e hematócrito. A análise estatística utilizou vários testes t de Student para comparações das médias dessas variáveis em cada dia de acompanhamento. Os autores mostraram evidências (expressas em valores p) de que a contagem média de plaquetas no 6º dia de acompanhamento era menor no Grupo Controle e o número médio de células brancas era maior no grupo tratado com a combinação de remédios homeopáticos.
  • Entre os ensaios clínicos comunitários localizados, um deles descreveu a experiência do uso do medicamento homeopático na cidade de São José do Rio Preto, estado de São Paulo, O medicamento foi oferecido a 1.959 moradores de uma área com grande incidência de dengue, sendo constatado que a redução dos sintomas da doença nesta área foi maior que a observada em 4 outras áreas da cidade. Nesse mesmo estudo, foi descrito que 20 mil doses de um complexo homeopático foram oferecidas à população da cidade. Em uma amostra de 524 indivíduos que tomaram o complexo homeopático, 384 (74%) não tiveram manifestações da doença.
  • Macaé, RJ, Brasil. Entre abril e maio de 2007, 156 mil doses de um complexo homeopático foram distribuídas gratuitamente aos moradores. Observou-se que a incidência da doença nos 3 primeiros meses de 2008 teve uma redução de 93% quando comparada ao mesmo período do ano anterior, enquanto no restante do estado do Rio de Janeiro houve um aumento de 128%.

Homeopatia e Influenza

  • Petrópolis, Macaé (RJ) e Campo Grande (RS): Trabalho científico: Homeopatia para tratamento e prevenção da gripe H1N1 (int J High Dil Res, 12:125-126, 2013).
  • A tese de doutorado da Dra. Camila Monteiro Siqueira com o título: “A avaliação de medicamentos homeopáticos para gripe humana por ensaios in vitro, pré-clínico e clínico”, defendida na UFRJ em 2013, obteve os seguintes resultados:

    Os remédios homeopáticos promovem um aumento da capacidade respiratória máxima das células MDCK, aumentam a atividade da enzima citrato sintase e a hidrólise de ATP das células MDCK, induziu maior liberação de citocina TNF-α no sobrenadante de macrófagos J774G8, apresentaram efeito profilático significativo em relação ao placebo contra os sintomas da gripe e da infecção respiratória aguda quando crianças de 1 a 5 anos de idade foram avaliadas.

  • Ferley JP ET al. A controlled evaluation of a homoeopathic preparation in influenza-like syndromes. Br J Clin Pharmac (1989) 27, 329-335. Amostra: 237 pacientes receberam o medicamento contra 241 receberam placebo. Após 48 horas 17,1% recuperados, contra 10,3% no grupo placebo (p=0,03).
  • Papp, R et al. – Oscillococinum in patientes with influenza-like syndromes: a placebo-controlled Double-blind evaluation.  Br. Hom J, Apr 1998, vol 87, 69-76. Amostra: 188 pacientes receberam o medicamento e 184 receberam placebo. Após 48 horas 17,4% dos pacientes sem sintomas, contra 6,6% no grupo controle.

Profilaxia e tratamento: Gênio Epidêmico da Homeopatia contra Influenza – 2016

Classicamente, para o tratamento de casos de Influenza, vários medicamentos podem ser  indicados:

Aconitum napellus, Actea racemosa, Allium cepa, Ammonium phosphoricum, Antimonium tartaricum, Arnica montana, Arsenicum album, Baptisia tinctoria, Belladonna, Bryonia alba, Camphora, Carbo vegetabilis, Carbolic acid, Causticum, Chamomilla, China officinalis, Drosera rotundifolia, Eupatorium perfoliatum , Euphrasia, Ferrum phosphoricum, Gelsemium sempervirens, Glonoinum, Hepatica triloba, Hyosciamus niger, Influenzinum (correspondente à epidemia, Ipecauanha, Lachesis trigonocephalus, Lycopodium clavatum, Mercurius vivus, Natrum sulphuricum, Nux vomica, Opium, Phosphorus, Phytolacca decandra, Pulsatilla , Pyrogenium, Rhus toxicodendron, Sticta pulmonaria, Sepia succus e Sulphur.

Leon Vannier, no livro “Terapeutica Homeopathica”, refere que podem ser descritas três formas clínicas da Influenza:

· Forma nervosa/reumática (Eupat, Gels, Rhus);

· Forma digestiva (Bry, Ars, Bapt);

· Forma respiratória (All-c, Stic-p, Phos).

O mesmo autor, no mesmo livro, recomenda os seguintes medicamentos para o tratamento da Influenza:

Aconitum napellus, Allium cepa, Baptisia, Arsenicum album, BELLADONNA, BRYONIA ALBA, Camphora, EUPATORIUM PERFOLIATUM, GELSEMIUM SEMPREVIRENS, Phosphorus, Rhus tox, Sticta pulmonaris, Sulphur.

Na epidemia de Influenza de 2009, os medicamentos mais indicados foram:

Gelsemium semprevirens, Baptisia tinctoria, Eupatorium perfoliatum, Sabadilla, Arsenicum album, Arsenicum iodide, Dulcamara, Bryonia alba, Phosphorus, Rhus toxicodendron, Allium cepa, Sticta pulmonaris, Ipeca cuana, Veratrum álbum.

Borland, DM, no livro “Influenzas”, recomenda os seguintes medicamentos, por ordem de importância:

Gelsemium semprevirens, Baptisia tinctoria, Eupatorium perfoliatum, Bryonia alba, Rhus toxicodendron, Pulsatilla nigricans, Pyrogenium, Mercurius solubilis.

Outras propostas utilizadas são:

1) Influenzinum (bioterápico)

2) Anas barbarie (bioterápico)

Segundo minha experiência, levando em conta a predominância dos sintomas da atual epidemia de: Febre, mialgia, fadiga, fraqueza, cefaléia, e após realizar a matéria médica comparada, os medicamentos que mais cobrem este quadro atual seria, como medicamento profilático e tratamento, as seguintes opções (na ordem de importância):

1) Bryonia alba
Gripe com início lento, cefaléia pulsante intensa, dores no corpo: todos os sintomas < por qualquer movimento. Secura geral, língua seca, geralmente com um revestimento branco; sangramento nasal. Pneumonia, especialmente do lado D; pleurisia (dor ao respirar e tosse). Quer ir para casa; pode estar confuso e não perceber que está em casa; extremamente irritado, fala de negócios. O principal problema são os brônquios e o trato respiratório inferior; tosse e dor de estômago podem ser os principais sintomas. Dores ósseas, musculares e articulares intensas que > pelo repouso e pela pressão, quer ficar imóvel e tranqüilo na cama; > deitado sobre o lado doloroso e por aplicações frias, e tudo agrava ao menor movimento; > pela pressão e repouso; < por qualquer excitação, ruído, toque, movimento, luz, por comer e tossir; < perto das 15 e das 9 horas. Paciente apresenta febre intermitente, a boca é normalmente seca, com sede intensa de G quantid., de água fria, transpiração azeda ou oleosa, rosto vermelho e quente, mucosas secas. Dor de cabeça violenta que < ao mover os olhos. Sensação de insegurança e medo.

2)  Gelsemium sempervirens
Este remédio corresponde ao início da doença, quando o paciente está fraco, cansado e tem dores pelo corpo; remove rapidamente a fraqueza e as dores musculares. Calafrios constantes, mas o paciente “pega fogo”. A febre é menos aguda do que em Aconitum, mas a tosse é difícil e dolorosa. Ocorrem paroxismos de coriza escoriante, com grande torpor e apatia. Paciente apresenta febre com ausência de sede, que evolui em picos, com calafrios. Sonolência, debilidade e tremores são as características dominantes: intensa fraqueza geral com tremores ao ficar em pé, incapaz de sustentar-se em pé, fraqueza na mandíbula e nas pálpebras, face vermelha escura, cabeça quente com sudorese fria nas mãos e pés, dor acima dos globos oculares, medo que o coração vai parar, vertigens com transtornos visuais, uma pupila dilatada e outra contraída; > por transpiração ou diurese abundante. Paciente embotado durante a febre, sonolento, só responde quando perguntado. Grande ansiedade e inquietude. Se o paciente com gripe está se sentindo embotado, com tonturas, sonolência, pouca sede, sente calafrios, especialmente nas costas. Comparações: Bryonia também tem dores, mas são muito piores por qualquer movimento. Em Gelsemium o paciente não pode se mover devido à fadiga e lassidão, não < pelo movimento. Em Eupatorium o paciente também se sente como se atropelado por um caminhão, mas as dores são mais severas, e são sentidas nos ossos; além disso, o paciente Eupat. está sedento e Gels. não.

3)  Belladona
Gripe com febre alta, rosto vermelho e pupilas dilatadas. Secura e calor ardente, tudo é intenso e concentrado na cabeça. A febre alta vem de repente, muitas vezes como resultado de mudança de temperatura (esfriando-se ou aquecendo-se, lavando o cabelo). Rubor facial, dor de garganta, olhos fixos e pupilas dilatadas; língua vermelho-brilhante, garganta vermelha com placas brancas nas amígdalas, com constrição na tentativa de engolir. Eliminação de comida e bebida pelo nariz e boca, por espasmo. Pode haver confusão mental, delírio ou alucinações vívidas. Repuxamentos e contrações. Os sintomas tendem a afetar o lado D do corpo. Desejo de limão ou limonada. Agravamento geral às 3 horas; > de pé, sentado ereto, em sala quente; < por qualquer ruído, luz, movimento, deitado, à noite. Paciente apresenta início abrupto dos sintomas, febre alta com sede intensa de líquidos gelados, midríase, mãos e pés frios durante a febre, tonturas, face muito vermelha, pulsação das artérias, pele úmida e quente que irradia calor à distância. Dores ósseas com extrema prostração e fraqueza. Dor retro-orbitátia e cefaléia intensa. Grande abatimento do enfermo. Fotofobia. Delírios e ilusões durante a febre, pensamentos de suicídio.

Se você desejar utilizar a medicação homeopática para gripe, procure um médico homeopata. É necessário supervisão e acompanhamento. O medicamento homeopático necessita de prescrição médica. O medicamento homeopático não substituiu as outras formas convencionais de profilaxia.

Portanto, é necessário se precaver da prevenção inapropriada, em alguns casos o excesso de zelo pode causar danos à saúde. A vacina contra a gripe tem baixa eficácia, o vírus da gripe H1N1 é hoje considerado um vírus comum, a vacina da gripe pode comprovadamente causar danos. O Tamiflu vendido como medicamento para tratar a gripe, na verdade não passa de um medicamento meramente sintomático, e com diversos efeitos adversos. A homeopatia, pela sua eficácia, comprovação científica, ausência de efeitos adversos, e de baixo custo, surge como uma opção para prevenção e tratamento da Gripe. 

ARTIGO COMPLETO: http://doutorlucashomeopatia.com.br/2016/04/10/homeopatia-e-influenza-a-h1n1/

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