HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS

HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS
ROSMEIRE PAIXÃO é Homeopata Clássica Terapeuta CONAHOM 1274 email: rosmeire.homeopatias@gmail.com

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Homeopatia: Como tudo começou

Apresentaremos neste artigo uma breve história da homeopatia. Esperamos que gostem do conteúdo. Boa leitura!

Por: https://injectcenter.com.br/breve-historia-da-homeopatia/

Os princípios da homeopatia foram propostos no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann, que, decepcionado com a medicina do seu tempo, empenhou-se em conceber um novo modo de tratamento. Essa terapia ganhou vários adeptos rapidamente, mas também vários oponentes.
Os precursores

A história da homeopatia se inicia com Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843). Em 1796 ele nomeia essa nova medicina a partir das palavras gregas “homoios” (“semelhante”) e “pathos” (“aquilo que se sofre”). Para alguns historiadores, encontramos na obra de dois ilustres predecessores de Hahnemann, Hipócrates e Paracelso, os fundamentos de vários princípios homeopáticos fundamentais. De fato, Hahnemann era erudito e certamente conhecia os exemplos de tratamento por meio de substâncias semelhantes, veiculados pela tradição hipocrática. Sua originalidade foi sistematizar a hipótese e comprová-la por meio de um enorme trabalho experimental.Hipócrates e o tratamento pelos semelhantes

A história da medicina ocidental tem início com o médico grego Hipócrates (460-377 a.C.). Sua obra contém algumas observações próximas de um dos conceitos fundamentais da homeopatia: o tratamento a partir dos semelhantes. Contudo, Hipócrates não tira nenhuma conclusão sobre o uso sistemático dos semelhantes; além disso, essas observações têm caráter isolado, já que o autor recomenda tratamentos pelos contrários em vários textos.A “teoria das assinaturas” de Paracelso

Para outros historiadores, é na obra de Paracelso (1493-1541) que devemos procurar a origem da homeopatia. De fato, Paracelso é autor de uma “teoria das assinaturas”, segundo a qual o Criador havia deixado na aparência das plantas os indícios (como uma espécie de “assinatura” divina) que permitem ao homem deduzir-lhe as virtudes medicinais. Contudo, Paracelso via uma analogia entre o aspecto físico de uma planta e suas propriedades, enquanto a homeopatia é fundada sobre a relação entre os sintomas que uma substância produz sobre os indivíduos são e aqueles que ela cura nos doentes.
Decepções de um jovem médico

Hahnemann nasceu em 10 de abril de 1755, em Meissen, pequena cidade da Saxônia, na Alemanha. Aos 20 anos, ingressa no curso de medicina de Leipzig. Aos poucos, ele mesmo financia seus estudos, com traduções e aulas particulares de grego e francês. Hahnemann continua os estudos em Viena, mas acaba interrompendo-os por falta de dinheiro.

Mais tarde, o governador da Transilvânia o contrata como médico particular, e lá ele se inicia na franco-maçonaria. Hahnemann termina seus estudos em Erlagen e defende sua tese em 10 de agosto de 1779. Desde então, passa a exercer a medicina e continua a traduzir obras médicas.

Mas o jovem médico acha a medicina de seu tempo precária, e deixa de praticá-la em 1790. É fato que a arte médica do final do século XVIII não curava satisfatoriamente: faltava rigor à teoria em consequência da incorreção dos experimentos: utilizava-se ainda a classificação de Galeno, segundo a qual as doenças são causadas pelo excesso de calor, umidade, secura ou frio, estados aos quais se opõem os medicamentos, classificados segundo as mesmas categorias. “A sangria, os antiflogísticos (substâncias que supostamente combatem a inflamação), os banhos mornos, as bebidas diluentes, as dietas, os depurativos, os eternos purgativos e enemas constituem o círculo vicioso no qual giram os médicos alemães”, escreveu então Hahnemann.
A cura pelo semelhante

De 1790 a 1796, Hahnemann viveu exclusivamente de suas traduções. Cada vez mais frequentemente ele fichava as obras que traduzia e não hesitava em registrar seu desacordo com o autor. Assim, em 1790, ao traduzir a Matéria médica do escocês Cullen (1710-1790), ele escreve uma nota importante sobre a casca da quina, de que se extrai a quinina. Cullen afirma que ela é eficaz nas febres intermitentes porque suas propriedades amargas e adstringentes (constipantes) exercem uma ação fortificante sobre o estômago. Hahnemann discorda dessa opinião.

Acrescenta que ele mesmo tinha experimentado tomar “durante vários dias, duas vezes por dia, 4 dracmas (1 dracma = cerca de 3,24 gramas) de boa quinina”, e depois descreve minuciosamente o que sentiu em decorrência dessa experiência, que assim resumiu: “Eu tive todos os sintomas que habitualmente acompanham a febre intermitente”. Mais tarde, Hahnemann afirma: “A casca peruana (quinina), utilizada como medicamento para febre intermitente, funciona porque ela pode produzir, nos indivíduos sãos, sintomas semelhantes àqueles da febre intermitente”.

Dois novos conceitos na história da homeopatia: o infinitesimal e a dinamização

Ao mesmo tempo que multiplica as experimentações sistemáticas de várias substâncias medicinais no homem são, Hahnemann retoma a prática da medicina, desta vez homeopática, para se certificar de que cada substância escolhida segundo os sintomas que provoca é capaz de curar os pacientes que apresentam esses mesmos sintomas.

Durante seus experimentos, Hahnemann faz uma descoberta curiosa: a administração de um medicamento semelhante pode provocar um agravamento do estado do paciente, seguido de sua melhora. Ele conclui que os sintomas provocados pelo medicamento se juntam àqueles decorrentes da doença antes de o corpo reagir contra esse conjunto, e por isso as doses devem ser diminuídas para evitar intoxicações. É assim que ele testa com sucesso as dosagens cada vez menores, que chamamos hoje em dia de “infinitesimais” e que ele classificou na época como “imateriais”.

Por outro lado, suas pesquisas põem em evidência um fato ainda hoje sem explicação: quando os medicamentos são simplesmente diluídos, são pouco operantes; quando eles são agitados energicamente a cada diluição, se tornam eficazes. É por isso que Hahnemann não fala em diluição e sim em “dinamização”.Primeiros sucessos, primeiros adversários

Em 1805, Hahnemann publicou Fragmentos sobre os efeitos positivos dos medicamentos observados no homem são. Estabelecido em Torgau, ele assiste ao sucesso crescente da nova medicina e à chegada de doenças vindas de muito longe. Ao mesmo tempo, surgem os primeiros críticos da homeopatia. Nessa época, Hahnemann abandona as traduções para se dedicar exclusivamente às próprias obras: Medicina da experiência, de 1806, e Órganon da arte de curar, publicado em 1810. Esta última, que apresenta essencialmente os grandes princípios da homeopatia, ganha várias edições em toda a Europa e América do Norte.
A difusão da homeopatia

Em 1811, Hahnemann volta a Leipzig, onde publica o primeiro volume da Matéria médica pura (coletânea das propriedades curativas dos medicamentos) e consegue autorização para dar aulas na universidade. Recebe o apoio de seus jovens alunos: trinta e sete deles contribuem com as experimentações necessárias ao segundo volume da Matéria médica pura, lançado em 1821. Mas, se o número de homeopatas aumenta, cresce também o número de seus adversários.

Devido às críticas, Hahnemann se transfere de Leipzig para Anhalt-Koëthen, onde reside de 1820 à 1835, sob a proteção do duque Ferdinando.

Em 1828, Hahnemann publica a primeira edição do Tratado das doenças crônicas, um marco para a história da homeopatia e que traz uma inovação: a consideração, no estudo de cada caso, também dos sintomas anteriores àqueles mais recentes, que motivaram a consulta. A doença crônica, segundo Hahnemann, é um tronco sobre o qual brotam, como ramos, os diferentes episódios patológicos da vida de cada um. Em outras palavras, a prescrição de um medicamento escolhido em função do conjunto desses sintomas alcança resultados incomparavelmente superiores aos das prescrições baseadas apenas nos sintomas do momento.Os anos parisienses

Em junho de 1835, Hahnemann se instala em Paris, onde a homeopatia já é conhecida nos meios intelectuais. Entretanto, no seio da comunidade de homeopatas surge uma divisão: alguns discípulos de Hahnemann seguem seus princípios rigorosamente (atualmente os chamamos de “unicistas”, porque prescrevem apenas um medicamento por vez); outros preconizam o uso de vários medicamentos simultânea ou alternadamente (são os “pluralistas”) e editam uma revista em Leipzig a partir de 1822. É a corrente pluralista que triunfa em Paris. Os oito anos parisienses são, contudo, os mais felizes da vida de Hahnemann, que mantém uma atividade médica e literária surpreendente para a sua idade. Ele morreu em 2 de junho de 1843, aos 88 anos de idade.
Sucessos e percalços na história da homeopatia

A difusão da nova medicina colide com as críticas violentas proferidas pelos adeptos da medicina alopática. Ela é bem-sucedida em vários países, como testemunham os exemplos francês e norte-americano.

Na França, a homeopatia é introduzida por intermédio de um personagem original, o conde Guidi (1769-1863), erudito e médico engajado na homeopatia em 1828, depois de ter comprovado a eficácia da nova medicina em sua mulher. Ele aprende os princípios dessa disciplina e a exerce inicialmente em Drôme e, a partir de 1830, em Lyon.

Guidi forma vários discípulos, entre os quais Benoît Mure, viajante infatigável que funda escolas de homeopatia na Sicília, em Portugal, no Brasil, Índia e no Egito.

Mas a introdução da homeopatia enfrenta uma enorme resistência, principalmente por parte da Academia de Medicina, hostil ao reconhecimento oficial da Sociedade Homeopática de Paris.

François Guizot, então ministro da Educação, usa de todo o bom senso no debate, dando uma resposta pragmática: “Se a homeopatia for uma quimera, ela cairá por si mesma”. Cerca de vinte anos mais tarde, em 1858, um ruidoso processo opôs o jornal União Médica aos homeopatas. Em 1860 havia apenas quatrocentos homeopatas na França, para um total de médicos entre 15 mil e 18 mil.Da Alemanha aos Estados Unidos via Guiana

A homeopatia foi muito mais bem aceita num país jovem, os Estados Unidos. O introdutor da nova medicina foi Constantin Hering (1800-1880), cirurgião alemão que, depois de ter sido curado de um começo de gangrena no dedo por um discípulo de Hahnemann, engajou-se completamente na homeopatia.

Em 1826, o Instituto Blochmann de Dresden encarregou-o de uma missão na antiga Guiana Holandesa (atual Suriname), onde ele deveria formar uma coleção de espécimes desconhecidos pelos botânicos europeus. Nos intervalos do trabalho, Hering fazia experiências homeopáticas, que os amigos de Hahnemann publicam, causando a indignação do instituto e do rei da Saxônia.

Hering então se demite e instala-se em Paramaribo (capital do Suriname). Chamado por um de seus discípulos alemães a Filadélfia, mergulhada numa epidemia de cólera, organiza escolas superiores de homeopatia, lançando as bases de um movimento de real amplitude: em 1900 existiam 1.500 homeopatas nos Estados Unidos, ou seja 15% dos médicos do país.
O século XX: declínio e renovação na história da homeopatia

O século XX assistiu ao aparecimento de uma medicina mais científica, e os homeopatas não puderam fazer vista grossa às vantagens inegáveis que a medicina convencional oferecia aos doentes. Isso pode explicar o declínio da prática homeopática na primeira metade do século XX. Nos anos 1950, a situação torna-se mais equilibrada. Apesar dos avanços científicos, que põem em xeque a prática exclusiva da homeopatia, a desaceleração no progresso da medicina alopática, a percepção dos efeitos colaterais, o custo das tecnologias modernas e o progresso da homeopatia (multiplicação dos medicamentos, refinamento das técnicas de prescrição, etc.) impulsionam essa medicina.A redescoberta da homeopatia

O médico genovês Pierre Schmidt (1894-1982) recolheu nos Estados Unidos os ensinamentos dos últimos mestres hahnemannianos e os divulgou em todo o mundo. Além disso, fundou a Liga Internacional de Homeopatia. Os médicos atuais puderam, então, descobrir que a obra de Hahnemann tinha nascido de uma revisão racional dos conhecimentos médicos de seu tempo, e de uma organização desses conhecimentos segundos princípios estáveis e válidos de experimentação sistematizada. Em suma, puderam descobrir que Hahnemann foi a encarnação desses espíritos iluminados em que o século XVIII foi fecundo.


Referência Bibliográfica: SERVAIS, Dr. Philippe M. (org.). Larousse da Homeopatia. São Paulo: Larousse do Brasil, 2002.
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sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Quando esconder, ocultar e suprimir torna-se a essência que futuramente acarretará em doenças




Ninguém simplesmente nasce assim, emoldura-se uma personalidade com o tempo e cresce em sua grande maioria em silêncio. Na adolescência, sufocam as alegrias, guarda muito, oculta, reprime seus desejos sexuais florescendo, sua melancolia, raivas e frustrações e a absurda necessidade de se posicionar na vida adulta e de trabalho, viagens, dinheiro, jóias e poder.

Na supressão dos sentimentos feminino chegamos depois de um longo período, em ovários policísticos e depois aos cistos em grandes proporções. Esconder, ocultar e suprimir torna-se a essência do que futuramente se transformará em envelhecimento precoce, mais depressão e mais melancolia. Nos anos que se seguem vem o aumento de doenças ligadas a tumores sólidos com total respaldo na qualidade de vida e principalmente nas opções que se fez ou deixou de fazer.

O homem que reprime socialmente sua condição masculina desenvolve um desejo particular de posse. Sua companheira é uma de suas posses. Seu prazer é seu, portanto a rapidez em se satisfazer, sendo apenas ele o foco de desejo e satisfação avança fisicamente num quadro clássico de ejaculação precoce. Suas predileções são claras por sal ou café, dois opostos marcantes, assim como pelos ácidos. Destilam acidez. Demonstram a marca única do sal ou necessitam de um café forte como eles. O grão do café é duro, a acidez trava e forma nódulos pela garganta, pelo estômago. E o sal petrifica...Por todo um período de séculos foi dado ao homem o perdão por acumular coisas, pelo poder e por ter de ser sempre invencível, rígido e forte, por isso a depressão masculina é tão arrasadora nos dias atuais. Não é por algo ou por alguém, é por si mesmo.

Jovens que desde cedo são vítimas de medicações errôneas que controlam seu sistema glandular e hormonal ainda bebês, são jovens com crises emocionais freqüentes, que sofrem por obter mais coisas e acumularem posses como seus pais. Peles e rostos precisos, perfeitos, mundos perfeitos, meninas politicamente corretas e uma infinidade de novos casos de câncer de útero e ovário, nódulos ganglionares e ao cresceram, por volta dos 35 a 40 anos, são mulheres que engrossam a lista do câncer de mama. E homens com o crescente aumento do câncer de próstata.

Estamos muito afastados de compreender o ser humano e principalmente de tratá-lo como ser humano. Mais fácil tratar os sintomas que estão a mostra, não é?

O bom Homeopata tem que ter essa visão integrativa do seu paciente e sabe que sinais e sintomas são apenas a consequência da condição que o levou ao adoecimento, seja no campo físico, emocional ou mental. Por essa razão, pela medicina convencional a maioria das doenças não tem cura e suprime-se mais ainda com medicamentos que irão tratar o sintoma sem se preocupar com a origem. 
Todo tratamento deve ser integrativo e a escolha do bom profissional de homeopatia deve se basear no aspecto humanista e com conhecimento atualizado da ciência homeopática, da 6a edição do Organon da medicna homeopática, matéria médica homeopática e repertorização que é tão profunda assim como o alcance dos seus medicamentos bem escolhidos na escala e dinamização corretas.


Colaboração de parte do texto: 
homeopatiaparamulheres.blogspot.com

segunda-feira, 4 de abril de 2022

O uso da aromaterapia na prática clínica e interprofissional. The use of aromatherapy in clinical and interprofessional practice

 A aromaterapia é uma das práticas complementares mais antigas do mundo, sendo reconhecida e empregada em muitos países, tanto na prevenção ou no tratamento de problemas de saúde como na promoção do bem-estar e da qualidade de vida

baixe aqui o artigo científico

Em maio de 2006, através da portaria N° 971, o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde que inicialmente contemplava apenas 5 práticas: Homeopatia, Fitoterapia, Acupuntura, Medicina Antrofosófica e Termalismo Social. Em 2017, a portaria N° 849, de 27 de março de 2017 oficializou e legitimou mais 14 novas práticas e, em 2018, mais 10 com a portaria n° 702, dentre estas a Aromaterapia (Brasil, 2018)

Segundo a portaria N° 702, de 21 de março de 2018 do Ministério da Saúde, a aromaterapia é prática terapêutica secular que consiste no uso intencional de concentrados voláteis extraídos de vegetais - os óleos essenciais (OE) - a fim de promover ou melhorar a saúde, o bem-estar e a higiene.
  • A aromaterapia faz uso de óleos essenciais através de aplicação tópica, inalatória ou olfatória, objetivando a prevenção, a cura e a diminuição de sintomas. Segundo Gnatta et al. (2011), quando atuam através do olfato, as moléculas dos óleos são absorvidas pelos nervos olfativos, os quais têm uma ligação direta com o sistema nervoso central e levam o estímulo ao sistema límbico, sendo este responsável pelos sentimentos, memórias, impulsos e emoções. Quando a atuação é via cutânea, as moléculas são absorvidas e caem na circulação sanguínea, sendo transportadas para os tecidos e órgãos do corpo. Os óleos essenciais são compostos orgânicos de origem vegetal que apresentam várias funções químicas, como alcoóis, aldeídos, entre outras, havendo sempre a prevalência de uma ou duas delas. Esses óleos são obtidos a partir da destilação ou prensagem de flores, folhas, sementes, frutos e raízes (Gnatta, Zotelli, et al., 2011). Nos vegetais, os óleos auxiliam na proteção contra agentes hostis e doenças, e contribuem para a fertilização e polinização. Na prática clínica os óleos são utilizados como antissépticos, antibactericidas, anti-inflamatórios, antiespamódicos, expectorantes, entre outras funções (Andrei & Del Comune, 2005). 
  • A aromaterapia como ferramenta para a redução da ansiedade e promoção de bem-estar psicológico e a importância da interprofissionalidade: As práticas clínicas com Aromaterapia tem se tornado área em expansão para saúde, podendo ser vista como uma das técnicas complementares popularmente utilizadas nas diversas especialidades médicas, tais como a Psiquiatria e Saúde Mental. Existem indicações para o uso da Aromaterapia no tratamento de ansiedade, depressão e outros transtornos psiquiátricos, configurando-se como uma técnica promissora. 
  • No âmbito da Psiquiatria e Saúde Mental, os estudos com Aromaterapia investigam a eficácia sobre a redução dos sintomas de quadros demenciais em idosos e sintomas de ansiedade. Desse modo, a Aromaterapia pode representar uma nova ferramenta a ser empregada na melhora dos desequilíbrios físicos ou emocionais de pessoas que sofrem com a ansiedade ou outros transtornos mentais (Gnatta, Dornellas, et al., 2011). A ansiedade é um estado emocional que comporta um conjunto das diferentes experiências humanas, englobando sentimentos de medo, insegurança, apreensão e alteração dos estados de vigília ou alerta. Durante a internação psiquiátrica, expressa-se por meio de componentes psicológicos e físicos, como apreensão, medo, angústia, alterações nos sinais vitais e agitação psicomotora (Batistella et al., 2021). De modo geral, os benefícios da Aromaterapia na redução dos níveis de estresse podem ser entendidos por meio do relaxamento resultante da exposição ao aroma de óleo essencial. As moléculas químicas volatizadas influenciam a diminuição da atividade do sistema nervoso simpático concomitantemente à estimulação do parassimpático (Montibeler et al., 2018). Além disso, destaca-se a associação de mecanismo molecular em que os óleos essenciais emitem um sinal biológico às células receptoras do nariz, que o transmite ao sistema límbico e hipotálamo, desencadeando a liberação de neurotransmissores (Montibeler et al., 2018).
  • As Práticas Integrativas e Complementares (PICs), onde a aromaterapia está inserida, contribui sensivelmente com a qualidade de vida da população, buscando a visão holística e integral do indivíduo, e como esta abordagem pode colaborar com a prevenção e tratamento de doenças. A educação interprofissional em saúde, com as suas competências colaborativas na atenção à saúde, visando o trabalho em equipe, pode lançar mão da Aromaterapia para prestação de orientação e acompanhamento de indivíduos que necessitam ampliar o bem-estar geral. 
Vale ressaltar que é necessário que os profissionais envolvidos sejam adequadamente capacitados, tanto na aplicação das PICs quanto sobre os fundamentos do trabalho interprofissional.