HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS

HOMEOPATIA E CARACTERÍSTICAS HOMEOPÁTICAS
ROSMEIRE PAIXÃO é Homeopata Clássica Terapeuta CONAHOM 1274 email: rosmeire.homeopatias@gmail.com

sábado, 29 de novembro de 2014

A importância das sensações em Homeopatia segundo Rajan Sankaran



Na busca da sensação vital, o autor, no correr dos anos foi percebendo que os sintomas dos pacientes podem pertencer a sete níveis:
1. Nome: é o diagnóstico clínico da doença.
2. Fato: é a vivência de seu transtorno como um sintoma local.
3. Sentimento/Emoção: qualquer que seja a sua doença, sua experiência do transtorno será emocional. Por exemplo, pode assustá-lo, enraivecê-lo ou torná-lo ansioso.
4. Ilusão: aqui, a experiência do paciente será em termos de imaginação, como o paciente percebe o seu sintoma. Por exemplo, ele diz: “Esta dor de garganta está me matando.”
5. Sensação: o paciente vivencia o sintoma em um nível geral, como uma sensação geral, por exemplo, uma sensação de torção ou estiramento.
6. Energia: a vivência do transtorno ou queixa será na forma de um padrão energético, por exemplo, de inquietação ou apatia.
7. Sétimo nível: não tem denominação específica e funciona como elo de ligação entre o primeiro e o sexto nível.
Para Sankaran, o reconhecimento desses níveis tem a maior importância uma vez que os sintomas só começam a ser valorizados a partir da Sensação, que é o objetivo a ser perseguido pelo Homeopata na coleta de dados e onde o sintoma deve, finalmente,
ser repertorizado, pois é ali que se encontra o âmago do processo de adoecimento do paciente. Sankaran entende a sensação vital como uma conseqüência da Ilusão que todo doente apresenta e que é a origem de seu processo patológico. Diz ele: “Esse padrão ou sensação, do qual nossa ilusão surge, parece ser quase a voz do espírito de algo dentro de nós [...] Parece uma nota dissonante. Pode-se considerar a analogia de duas vozes cantando duas melodias diferentes dentro de nós ao mesmo tempo. Uma melodia é humana e está em seu local adequado. A outra melodia, embora também bonita, está simplesmente fora de lugar dentro do ser humano” (p. 14).
Da desarmonia entre essas duas “canções” surge um conflito. A totalidade dos sintomas e sinais é originada a partir desse distúrbio básico. Diz ele que essa outra “canção” não possui uma vibração humana, mas pode ser encontrada nos três reinos da natureza, mineral, vegetal e animal. Reconhecendo essa “canção” não humana, o homeopata escolhe o remédio preparado a partir de uma substância que tenha uma “canção” semelhante ( similimum) a essa vibração dissonante que o paciente apresenta. 
Sankaran, ao final do livro, diz que o seu novo método de abordagem do paciente não deve ser considerado como único método e, sim, como mais um método.
Diz ele: “Ainda há muitos casos que precisam ser resolvidos usando o repertório e a matéria médica. Esse método complementa o uso do repertório e da matéria médica. A única coisa que recomendo é não repertorizar o caso prematuramente, antes de haver identificado o distúrbio central do paciente” (p. 679).
Resenha Revista de Homeopatia 2010;73(1/2):81-84 www.aph.org.br

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